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GTPAÊ/ACIL

GTPAÊÉ especialGrupo de Teatro para Atores Especiais fará apresentações em empresas de Londrina, através de convênio com a ACILPaulo BriguetEspecial para o Jornal da ACILEspecial é uma palavra com vários significados. Ser especial é ser diferente, original, excelente. Ser especial é fazer algo fora do comum, causar surpresa, ir além das expectativas. Ser especial também significa pertencer a uma espécie.Uma coisa é ler essas definições no dicionário. Outra, bem melhor, é conhecer alguém ou algo realmente especial. Há seis anos, o Grupo de Teatro para Atores Especiais – o Gtpaê – realiza um trabalho original e surpreendente, com pessoas diferentes e fora do comum, obtendo excelentes resultados e superando expectativas. Quem já viu alguma peça do grupo, sabe.Agora, as empresas de Londrina e região têm a oportunidade de conhecer melhor esse trabalho especia-líssimo. Através de um convênio com a ACIL, o Gtpaê está programando apresentações da peça Encontros – a quarta montagem do grupo – em estabelecimentos comerciais e industriais. A parceria começou sob aplausos com a estréia do espetáculo, no Auditório da ACIL, em 12 de setembro. E a próxima apresentação pode ser aí mesmo – no seu local de trabalho.O Gtpaê foi criado em agosto de 1997, como projeto de extensão da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmente, conta com nove atores, todos portadores de deficiência mental. O trabalho é coordenado pela psicóloga Solange Leme Ferreira, docente do Departamento de Psicologia Social-Institucional da UEL. Sete estagiários, estudantes de Psicologia, também atuam no projeto.QUERO SER ATOR DA GLOBOComo todos os integrantes do Gtpaê, Gregório é um cara especial. Quem olha para ele, imediatamente recebe um sorriso franco. Se você pedir um sanduíche lá na lanchonete Vira Verão, é bem provável que ele venha lhe servir com o mesmo sorriso. Na peça anterior do grupo, Coração Valente, a arte imitou um pouquinho a vida, e Gregório fez papel de garçom. Mas não se engane: ele é um ator eclético. Já representou um professor de ginástica; agora, em Encontros, faz um pintor que resolve ir atrás dos seus sonhos na Itália.Correr atrás dos sonhos tem sido uma especialidade de Gregório Vicentini. Aos 21 anos, quatro deles atuando no Gtpaê, ele quer ser ator de novelas da Rede Globo. Recentemente, fez sucesso participando de um desfile de modas organizado pela APS-Down (entidade de apoio a portadores da Síndrome de Down). Sua simpatia ganhou destaque na passarela.Além de atuar no palco, Gregório gosta dos debates que os atores do grupo realizam com o público, depois dos espetáculos. Geralmente, nessas conversas, os atores comentam sua vida pessoal, afetiva e social. A gente fala de assuntos como ‘ficar’ ou namorar. Eu gosto de namorar, é coisa mais séria. Você tem chegar na menina, bater um papo com ela, saber o que ela faz, diz o ator.Gregório explica que todo o trabalho da montagem das peças é feito pelos integrantes do grupo, ao longo de um ano. Os atores escolhem os personagens, os diálogos, o enredo, as músicas, o figurino, o cenário – tudo aquilo que é preciso para realizar a arte do teatro.Eu sempre quis ser ator, revela Gregório. Agora, resta percorrer a passarela que leva dos palcos às telas de TV. Eu chego lá, garante.O SORRISO DE CLAUDIANE VALE MUITOO sorriso de Claudiane tem algo especial. Em cena, mais ainda. Ela não fala – tem paralisia cerebral – mas não precisa de palavras para demonstrar seu contentamento.Para chegar a esse sorriso, no entanto, foi necessário ter muito empenho – e derramar muitas lágrimas. Quando seu ex-namorado deixou o Gtpaê por razões profissionais – conseguiu um emprego no supermercado Muffato –, Claudiane pensou em deixar o grupo. O que a fez continuar no elenco foram a amizade e a solidariedade demonstrada pelos outros atores.Sempre que tinha de fazer uma determinada cena de Encontros, Claudiane chorava, ao lembrar do namorado. Pouco antes da estréia, ela conseguiu finalmente sorrir sem derramar uma lágrima.Há seis anos no grupo, Claudiane Etelvina de Almeida faz nesta montagem o papel de uma pintora italiana, Giulia. Um quadro usado em cena foi feito pela própria atriz. Atravessando as fronteiras entre a vida e a cena, o Gtpaê também atravessa os limites entre as artes.MARCÃO E A MÚSICA EM CENAPor falar em arte, Marcão adora música. Logo na primeira cena de Encontros, ele toca flauta doce. Também sabe tocar violão e cantar. Imitou Elvis Presley na montagem Circo da Alegria. Na atual peça, Marcos dubla os Três Tenores, ao lado dos colegas de grupo Carlos Renato Leite e Clóvis Luís Vorussi. É uma cena muito divertida.Com 26 anos de idade, Marcos Jordão Amorim de Morais é um ator extremamente disciplinado, a exemplo de seus companheiros de grupo. Repassa várias vezes as marcações, concentra-se bastante antes de entrar em cena e, no palco, faz uma interpretação vigorosa. Marcão é marcante.Nascido no Dia de Natal, em 1974, ele também tem um sonho. Se Gregório quer ser ator da Globo, o músico do Gtpaê quer cantar numa rádio FM. Já tenho o telefone da Paiquerê. Ao sair de cena, ele comenta: Eu sou bom, né?SEM PEDIR DESCULPAS POR EXISTIROutra pessoa especial é Solange. Professora e psicóloga, ela trabalha com educação especial desde 1979, quando entrou na UEL. Apesar de não ser da área de artes cênicas, ela viu no teatro uma forma eficaz para desenvolver as habilidades pessoais dos deficientes mentais. Ao mesmo tempo, o teatro permite ao público em geral um contato mais próximo com os portadores de deficiência. A cada apresentação, a gente faz o público parar e pensar. Não importa se uma pessoa tem alguma deficiência; importa que ela tem habilidades e sentimentos, como todo mundo.O trabalho do Gtpaê, explica Solange Leme Ferreira, é muito mais do que a encenação de textos teatrais. A peça é apenas a conseqüência do trabalho realizado durante um ano. Nos encontros semanais, os atores desenvolvem autonomia, disciplina, direito à palavra, consciência crítica, solidariedade... O mais importante, segundo a psicóloga, é a elevação da auto-estima entre os integrantes do grupo. Eles nunca mais precisarão pedir desculpas por existir.A estudante de Psicologia Fernanda Nogueira Gôngora não tinha trabalhado com educação especial antes de fazer o estágio no Gtpaê. Para ela, o trabalho tem sido duplamente compensador: em termos pessoais e profissionais. Além da experiência incrível com os atores, nós precisamos ler muito sobre o assunto, para respaldar teoricamente as atividades. Para a coordenadora Solange Ferreira, as apresentações em empresas vão demonstrar à comunidade que o portador de deficiência mental tem aptidões a serem aproveitadas pelo mercado de trabalho. É impossível assistir a esses meninos e não parar pra pensar em quanto eles são capazes de fazer.Portanto, Marcão, você é bom, sim. E o Gtpaê nos ensina mais um significado da palavra especial: a alegria de fazer parte da espécie humana. Para marcar um espetáculo do Gtpaê em sua empresa, ligue para 3371-4492.

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